Gisele Wardani - Diário dos Campos
Élio Carlos Delgado coleciona ingressos dos jogos do Operário | Foto: Fábio Matavelli |
Marcos
Adamowicz está entre os milhares de torcedores fanáticos do ‘Fantasma’. O
Operário Ferroviário Esporte Clube comemorou centenário em 2012, e Marcos,
apesar de jovem, tem coleção de 30 camisas oficiais do time. “Minha família
sempre torceu e no início tinha cinco camisas e então resolvi levar a sério,
correr atrás de jogadores para pedir, e procurar no estádio os torcedores com
camisas diferentes, que eu não tinha, e logo corria atrás, abordava e explicava
que era colecionador e por quanto me vendia a camisa”, conta.
Felippe
Krüger é outro apaixonado. “Meu amor pelo Ofec vem de pequeno, pois meu avô,
Aroldo Krüger era fanático pelo Fantasma, preferia ir ao estádio ou escutar
jogo do Operário pelo rádio, do que assistir jogo de times ditos mais ‘famosos’
como a maioria fazia, e isso me fez entender a diferença entre torcedor e
telespectador, e por essa influência, em casa, virei apaixonado torcedor”. Ele
ajudou a fundar torcidas, uma delas a extinta Revolução Operariana, e a atual
Trem Fantasma. “Com essas torcidas compareci a todos os jogos do Ofec em Ponta
Grossa, e em muitos fora”.
A paixão
só aumenta a cada dia, mesmo com o sofrimento de não alcançar, nos últimos
anos, a final do campeonato. “A sensação de um título ou de uma vitória é
momentânea, o amor pelo clube do coração é para sempre”, dispara. Ele também é
um colecionador de camisas, e tem todas elas desde o retorno do Ofec, em 2004.
E as expectativas para 2013 são as melhores. “Com toda certeza seremos
campeões, nos dois turnos, e campeão sobrando”, antecipa.
Élio
Carlos Delgado integra a Associação Avante Fantasma, criada no ano passado.
Professor de Educação Física, de 48 anos, coleciona ingressos dos jogos do
Operário desde 1978. “Vinha ao estádio com meu pai, e aos seis anos já guardava
os ingressos, mas muito mais tarde é que comecei a marcar as datas corretas,
para ter tudo documentado. “Hoje para nós o Operário representa a entrada de
Ponta Grossa no cenário nacional, o time está colocando Ponta Grossa no mapa
nacional do futebol”, destaca.
E são os
apaixonados pelo Fantasma de Vila Oficinas que formam a Torcida Trem Fantasma,
uma das maiores entre as organizadas do sul do Brasil. O tatuador Ricardo
Loreno, de 29 anos, é atual presidente da torcida que foi formada em 2009 com a
união de três grupos: Garra Operariana, Revolução Operariana e Torcida
independente. “Resgatamos o nome da torcida que estremecia os estádios e os
rivais nas décadas de 70 e 80, mas não é uma reformação, pois o nome não era
registrado, e escolhemos este nome justamente pelo peso”, enfatiza.
O objetivo é crescer e vencer!
A
Associação Esportiva, Recreativa e Cultural Trem Fantasma tem 400 membros
cadastrados. “Mas temos os simpatizantes e na verdade estamos agora começando a
recadastrar a torcida, mas pela dimensão e história do Operário mesmo sem
número exato, é a maior torcida do interior do Paraná e entre as organizadas é
uma das maiores do Sul do Brasil, perdendo para Os Fanáticos do Atlético
Paranaense, o Império Alviverde do Coritiba, a Fúria Independente Tricolor do
Paraná Clube, que são os três da capital paranaense, e em quarto lugar para a
União Tricolor de Joinville (SC), que são aquelas que têm hierarquia e
uniformização, como a nossa”, detalha Ricardo Loreno.
Ele teve
o primeiro contato com o time aos 7 anos, levado ao estádio pelo pai. “A gente
vai se doando e o Operário acaba fazendo parte da vida da gente, e hoje a minha
vida não caminha longe do Clube”. E a expectativa é ser campeão do Paranaense.
“A torcida voltou forte, e o time tem tudo para fazer bom campeonato. Os primeiros
jogos foram tranqüilos e agora o espetáculo vai ficar cada vez melhor, com as
famílias, as crianças, as mulheres no estádio, que é uma tradição operariana, e
vamos preservar isso, e fazer a torcida crescer, pois tem potencial para isso”.
Marcos Adamowicz mostra coleção com mais de 30 camisas oficiais do Operário | Foto: Rodrigo Covolan |
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