Gisele Wardani - Diário dos Campos
O ídolo do Ofec, Gracindo Sobrinho, mostra a foto oficial do time em 1977 | Foto: Fábio Matavelli |
O camisa
2, José Gracindo Sobrinho, de 69 anos, fala dos tempos áureos em campo com
olhos brilhantes. Lembra, entusiasmado, detalhes das competições em que
imortalizou a lateral direita do time e fez história no Operário Ferroviária
Esporte Clube (Ofec) na década de 70. “Tenho saudade, pois fiz milhares de
amigos, e hoje minha paixão é cuidar do campo, cortar a grama, fazer as
marcações das redes e toda a limpeza do gramado”. Há mais de dois anos ele é
funcionário contratado pelo Clube e mantendo o campo em ordem ele demonstra sua
paixão.
No
Operário permaneceu até 1981, sendo convidado em 1974 a fazer parte do time.
“Fui convidado a ficar, pelo então presidente do Clube, Odilon Mendes, e recém
casado comecei a trabalhar no Departamento de Serviços Públicos, onde me
aposentei”. A rotina era trabalhar das 7 às 16 horas. “E corria para o campo
treinar, todos os dias”.
Fora de Campo
As
chuteiras ele aposentou aos 40 anos. “São poucos que chegam a essa idade em
campo”, destaca. Dos momentos alegres lembra vitórias e festas, sem
tantos detalhes. Mas com tristeza recorda o jogo contra o Londrina, em 77. “O
bandeirinha não deu o impedimento para o adversário e derrubei o bandeirinha
com um pulo e os pés no peito dele, que ficou no alambrado e apanhou da
torcida. Levei seis meses de suspensão”, lamenta.
Pai de
três filhos, ponta-grossenses e operarianos, ele disse que não teve sorte de
ser campeão pelo time do Operário. “Estou feliz por estar perto do Operário
hoje e poder vê-lo chegar pelo menos no terceiro lugar no Paranaense”,
diz. Para o experiente Gracindo, este ano o Ofec tem time para
disputar a final do Campeonato Paranaense. “O futebol às vezes é ingrato, como
ano passado que passou mal a primeira fase, se recuperou na segunda, mas tenho
certeza que o Operário em 2013 vai ficar nas cabeças, entre os quatro melhores
do Estado”, finaliza.
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