Opinião: Um grande passo do Corinthians, mas o Boca está longe de morrer


Felipe Gustavo

Estava revendo partes do jogo entre Boca e Corinthians, e não acredito na tal 'sorte de campeão'. Faltou competência mesmo para os finalizadores da equipe argentina. Por exemplo, quando Mouche recebeu um passe açucarado de Riquelme, dentro da área, e bateu em cima de Cássio.

Estão aí atuações contrastantes: Mouche e Silva pouco fizeram, enquanto Riquelme jogou com espaço sobrando e ditando o ritmo ofensivo do Boca. É um erro que o Corinthians não poderá cometer no Pacaembu, onde, teoricamente, terá que se expor ao jogo.

O Corinthians já provou que é um time de personalidade e equilibrado taticamente, principalmente quando o assunto é defender. Leandro Castan foi um monstro ontem e Romarinho um iluminado daqueles que só o esporte é capaz de nos apresentar.

No Pacaembu, o Corinthians terá que dominar o campo de ataque e o atalho são as jogadas em profundidade com velocidade: a defesa do Boca peca nesse quesito.

Em compensação, o time argentino se caracteriza por usar o contra-ataque muito bem com os homens de meio. Outra jogada perigosa do Boca em que o Corinthians passou sufoco ontem foram as bolas pelo alto: é outro ponto para ser corrigido

Não tem nada decidido. O Corinthians, de fato, deu um grande passo para o título inédito. Mas faltou competência para o Boca ontem (será que vai faltar no Pacaembu?)

Em 2000, o Palmeiras saiu com o empate da Argentina, perdeu nos pênaltis a decisão no Morumbi. Em 2003 e 2007, Santos e Grêmio perderam as duas partidas.

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